2006-05-31


De olho na UE

TEJ anula acordo de partilha de dados UE-EUA

O Tibunal Europeu de Justiça (TEJ) anulou, a 30 de Maio, o acordo entre a UE e os EUA sobre a entrega de dados pessoais dos passageiros aos serviços de segurança dos EUA, desprezando a garantia dada pela Comissão Europeia de que os EUA poderiam fornecer a protecção adequada a esses dados.

"Nem a decisão da Comissão, que acredita que os dados serão adequadamente protegidos pelos Estados Unidos, nem a decisão do Conselho, que aprova a conclusão de um acordo sobre a sua transferência para esse país, se baseiam numa base legal apropriada", afirma o tribunal. O argumento do TEJ tem a ver com o facto de se tratarem de dados que serão processados para questões de segurança, o que cai sobre a alçada da legislação dos Estados membros (e não sobre a alçada europeia), o que significa que os países da UE são livres de assinarem acordos bilaterais com os EUA nesse domínio.

Apesar dos protestos de alguns deputados europeus e do debate sobre os direitos de privacidade dos viajantes, Washington tinha consegiudo que fosse entregue às suas autoridades uma quantidade enorme de dados dos passageiros - os chamados Passenger Name Records. A decisão do tribunal diz respeito a esse acordo entre os EUA e a UE, assinado atravésdo procedimento "fast track" (desenhado para assuntos não controversos), o que levou alguns parlamentares a oporem-se, afirmando que não se pronunciariam sobre o acordo até que a sua legalidade fosse confirmada. Nesse acordo, os EUA têm acesso a 34 tipos de dados dos registos das companhias aéreas, incluindo o nome, morada, número de telefone, cartões de crédito e companheiros de viagem. Os EUA podem armazenar os dados durante 3 anos e meio e podem passar a informação recolhida a países terceiros.

O deputado britânico e membro do comité parlamentar para as liberdades civis, Michael Cashman, disse que "seria um suicídio comercial se as empresas aéreas não entregassem a informação requisitada, uma vez que deixariam de ter direito de aterrar nos EUA", acrescentando depois que as companhias aéreas poderão fazer um acordo com os governos nacionais que as ilibe de alguma acusação relativa à entrega dos dados dos passageiros.

Um seu colega de comité, o sueco Inger Segelstrom, que é favorável a uma política de privacidade e de segurança dos dados dos passageiros mais apertada, disse que têm que se pôr todas as cartas na mesa antes de se poder chegar a acordo. "Será que (os EUA) irão ter o direito a vender dados? Onde é que isto acabará? Como é que os irão utilizar? Estas questões ainda estão por abordar". Também disse que seria um suicídio comercial para os EUA se decidissem incomodar os passageiros da UE nos seus aeroportos, uma vez que a própria indústria turística do país iria sofrer se os europeus decidissem rumar a outros destinos.

Fonte: http://euobserver.com

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2006-05-27


De olho na UE

Carta a Durão Barroso sobre a revisão da Política Comum de Transportes de 2001

Um grupo de 10 ONGs ligadas ao ambiente (Green 10) escreveu uma carta a Durão Barroso expressa preocupações sobre a revisão intermédia da Política Comum de Transportes de 2001 tal como apresentada num rascunho interno da Comissão de Março de 2006. Entre outras questões, a carta realça as contradições entre esse documento (e políticas e estratégias actuais da UE) e as provisões de subsídios injustificáveis a estratégias de transporte não sustentáveis, incluindo o desenvolvimento de infra-estruturas de estradas.

Vê a carta

Fonte: http://www.bankwatch.org

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2006-05-26


Lei de retenção de dados pode lesar a liberdade de imprensa

A nova lei europeia de retenção obrigatória de dados arrisca-se a permitir a intromissão dos governos nos contactos dos jornalistas, em nome do combate contra o terrorismo, de acordo com um aviso feito por vários jornalistas a Franco Frattini, Comissário da Justiça em Bruxelas (no dia 25 de Abril)

Num debate sobre liberdade de imprensa, Hans-Martin Tillack, jornalista da revista alemã Stern, disse que "a directiva tem implicações sérias na protecção das fontes", acrescentando que "a protecção das fontes é a bse do trabalho jornalístico em qualquer parte do mundo livre".

O presidente da Federação Internacional de Jornalistas, Aidan White, afirmou, no seguimento deste caso, que os poderes de vigilância dos Estados têm sido estendidos "sem fim à vista", na "guerra global ao terrorismo" do pós 11 de Setembro. E perguntou a Frattini "quandoirá a comissão dizer que a guerra gloabal ao terrorismo acabou?".

Mais em
http://www.statewatch.org/news/2006/apr/07eu-dat-ret-free-press.htm

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2006-05-25


Petit e Nuno Gomes também são piratas

A polícia portuguesa está a investigar o duo benfiquista Petit e Nuno Gomes, depois de eles terem sido vistos, na televisão, com o que aparentavam ser filmes piratas a caminho do estágio.
Um inspector do IGAC que coordena a luta contra a “pirataria” musical e de filmes disse ao 24 Horas que iria tomar as acções que se justificassem, apesar da aproximação da fase final do mundial.

“Estamos a investigar a situação em termos judiciais. Só depois disto estar feito é que podemos actuar. Mas, se tivermos que actuar, iremos actuar”, disse Julio Araujo Melo na terça-feira.

Nuno Gomes disse a uma reportagem da SIC que tinha levado vários filmes para o estágio em Évora, incluindo o "Basic Instinct II" e o "Mission: Impossible III". Nenhum destes filmes viu ainda a luz do dia em DVD legal.

Petit, por seu lado, foi apanhado quando abriu a mala do seu carro para mostrar os filmes que tinha levado para estágio e apareceu uma cópia do "The Producers", que também ainda não saiu em DVD.

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2006-05-24


De olho na União Europeia

União Europeia (UE): Comissários ligados à protecção de dados apelam à harmonização das garantias de salvaguarda na utilização da retenção obrigatória de dados.

No artigo 29 duma Opinião adoptada pelo grupo de trabalho sobre protecção de dados, em relação à sua retenção obrigatória, os comissários desse grupo apelam a que se introduzam garantias de salvaguarda quando a Directiva (de retenção de dados, que torna obrigatória a recolha e o armazenamento de tráfico de dados de todas as chamadas telefónicas - incluindo a localização - e utilização de internet) for implementada nos vários espaços nacionais da UE, uma vez que irá intrometer-se
"na vida quotidiana de todos os cidadãos e pode colocar em perigo os valores fundamentais e as liberdades".

O grupo de trabalho sobre protecção de dados apela a que se introduzam garantias de salvaguarda harmonizadas quando a Directiva for implementada a nível nacional e faz oito propostas específicas, que incluem:

1. O termo "crime sério" (serious crime) deverá ser claramente definido e limitado e:
"Qualquer processamento subsequente deverá ser banido ou limitado num colete apertado de garantias específicas".

2. As "expedições de pesca" devem ser banidas:
"Não deverá haver prospecção de dados: A investigação, a detenção e a acusação dos crimes referidos na Directiva não deverão permitir uma prospecão em larga escala de dados retidos, em repeito pelos padrões de viagem e comunicação de pessoas insuspeitas aos olhos das autoridades judiciais".

4. Dados de ordem pública: "Os fornecedores de serviços ou redes de comunicações electrónicas públicas não estão autorizados a processar, para mais objectivo nenhum, os dados retidos apenas para objectivos de ordem pública.

Tony Bunyan, editor da Statewatch editor, comenta:
"Os governos da UE estão sempre a "harmonizar" os poderes do Estado para colocarem os indivíduos sob vigilância. Quando irão "harmonizar" o direito das pessoas contra a má utilização e o abuso do poder estatal?

Fonte: http://www.statewatch.org/news/index.html

Ver também (em inglês): Data retention and police access in the UK - a warning for Europe

Para informação contextualizadora, dá uma vista de olhos em (português):
Londres introduz plano de vigilância
UE de acordo sobre esquema de retenção de dados
Retenção de dados não é solução
Retenção de dados - Novidades negras para o Outono
Retenção de dados: Actualização
Retenção de dados é ilegal
Comissão Europeia propõe lei de retenção de dados
Retenção de dados: Recusada a proposta de 4 estados membros
O excepcional e o draconiano são a norma
A retenção de dados é invasiva, ilegal e ilegítima
Retenção de dados – Mais um passo
Retenção de dados - Passou a directiva!

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Convite para o próximo encontro da Acção Global dos Povos (AGP)
19 de Agosto a 3 de Setembro 2006 – França


A AGP – Acção Global dos Povos – começou em 1997. Tem sido uma ferramenta e uma estrutura difusa que coordena grupos e pessoas que partilham práticas e lutas comuns, de acordo com vários princípios anti-capitalistas e anti-autoritários (ver os Princípios mais abaixo). A AGP iniciou a Caravana Intercontinental em 1999, assim como dias internacionais de acções contra o G8, a OMC, o Banco Mundial, o FMI... Em Seattle, em Génova, em Praga, e numa variedade de acontecimentos menos mediáticos, a AGP foi a força condutora por trás de numerosas acções e reflecções. Por entre contra-cimeiras, fóruns sociais e acções várias, os grupos próximos da AGP estão agora a procurar novos caminhos para desafiar a estagnação.


Princípios da AGP:

  • Uma rejeição muito clara do capitalismo, imperialismo e feudalismo; de todos os acordos comerciais, instituições e governos que promovam uma globalização destrutiva.

  • Rejeitamos todas as formas e sistemas de dominação e discriminação, incluindo (sem pretender ser exaustivo) o patriarcado, o racismo e os fundamentalismos religiosos de todos os credos. Reconhecemos a dignidade completa de todos os seres humanos.

  • Uma atitude confrontacional, uma vez que não creditamos o “lobbying” possa ter um impacto importante sobre organizações tão anti-democráticas, em que o capital transnacional é o único fazedor de políticas verdadeiro.

  • Um apelo à acção directa e a desobediência civil, ao apoio às lutas dos movimentos sociais, defendendo formas de resistência que maximizem o respeito pela vida e pelos direitos das pessoas oprimidas, assim como a construção de alternativas locias ao capitalismo global.

  • Uma filosofia organizativa baseada na descentralização e na autonomia.

Na Europa, os grupos que se identificam com os Princípios da AGP encontram-se mais ou manos de dois em dois anos, através da iniciativa de um colectivo convocante (os “Convenors”. Desde 1977, estas conferências têm sido a oportunidade para vários dias de partilha de práticas e conhecimentos e para estabelecer ligações, que nos permitem organizarmo-nos melhor em acções comuns.

As últimas conferências decorreram em Leiden (Holanda), em Setembrio de 2001 e em Belgrado (Sérvia), em Julho de 2004. De cada uma das vezes, juntaram centenas de pessoas e geraram contactos, trocas e reflexões estratégicas. Este ano, o grupo francófono STAMP é o “convenor” e o próximo encontro da AGP decorrerá entre 19 de Agosto e 3 de Setembro de 2006.

O STAMP começou com um grupo de indivíduos que estavam na “sem título”, uma rede de indivíduos envolvidos na acção directa, autonomia e autogestão de espaços por toda a França. Eles queriam, neste momento, abrir o processo organizacional a todos, à volta dos seguintes princípios:

Descentralização e ancoragem local

Este encontro irá decorrer a dois níveis:

  1. Encontros descentralizados que decorrerão entre pequenos grupos de pessoas (cerca de 100) em vários locais. Durante 9 dias, em 5 locais diferentes, iremos misturar discussões temáticas e workshops, ligando assuntos locais a reflexões e iniciativas de grupos europeus participantes. Cada espaço irá também propor um projecto colectivo prático e uma relaização comum (acção de construção...). Há vários locais já definidos, incluindo Lyon, Toulouse, Lavaur, Dijon, Geneva...

  2. Uma parte ceñtralizada irá juntar toda a gente num local, durante quatro ou cinco dias, de forma a permitir que toda a gente partilhe as discussões prévias e tome decisões sobre a organização e projectos futuros da AGP na Europa

Mistura da não especialização e da “teoria da lavagem de pratos”

Durante estes encontros, queremos previlegiar a não especialização e a partilha de tarefas horizontal. Gostaríamos de dar especial atenção à organização colectiva da vida quotidiana. Os projectos propostos por cada espaço de conferência deverão permitir-nos trocar conhecimentos práticos, que se relacionem com as necessidades da localidade de acolhimento.

Um desejo de fortalecer os laços com a Europa de Leste

Durante os meses que faltam para o encontro, haverá várias viagens por estas regiões, de forma a apresentar o encontro e conhecer os projectos locais. Serão investigadas soluções, em termos de vistos e transportes, de forma a ajudar pessoas e colectivos que estejam em situação precária para viajar para França.

A organizaçãio deste encontro é um projecto político e motivador para nós. Implica muita energia e militância, de forma a transformar-se numa aventura colectiva aberta, em vez ser uma “performance” de meia dúzia de “experts em activismo”.

As reuniões organizacionais regulares levarão o STAMP a várias cidades durante os próximos meses. Os encontros internacionais permitem-nos ver o desenvolvimento do projecto e abrir a organização a outras pessoas e grupos da AGP Europa. A próxima decorrerá entre 21 e 22 de Abril em Budapeste

Sobre os conteúdos

Eis os temas para tratar nos encontros da AGP, alguns dos quais já se efectuam em algumas das localizações descentralizadas. Esta lista pretende abrir perspectivas, de forma a que cada participante possa propor conteúdos, workshops, textos, ... nos meses que precedem a conferência.

Temas específicos:

  • Desenvolvimento e preservação dos espaços autónomos (squats, espaços auto-geridos, projectos colectivos nas cidades e no campo);

  • Assuntos de género, lutas contra a dominação masculina e o patriarcado;

  • Sociedade industrial, a sua relação com o espaço e a transformação do ambiente social; o efeito da tecnologia industrial mas relações humanas;

  • Controlo social, segurnaça e as suas políticas, militarismo e a repressão do protesto; lutas digitais:

  • Lutas digitais: Indymedia e o Movimento, servidores alternativos (squat.net, riseup.net), responsabilidades dos utilizadores e solidariedade face a novas repressões;

  • Relações criança/ adulto, paternidade, educação, envelhecimento;

  • Rejeição do Estado: experiências de auto-gestão e democracia directa; economia de mercado e consumismo Versus alternativas económicas não baseadas no mercado;

  • Lutas de trabalhadores e por melhores condições de vida; anti escravidão assalariada; a luta contra o capitalismo e as suas instituições (OMC, FMI, Banco Mundial, União Europeia, etc); estado do capitalismo europeu (acordos de comércio livre, privatizações, etc.);

  • O actual beco sem saída do anti-racismo na nossa esfera anti-capitalista / anti-sistema. Pós colonialismo. Lutas à volta da imigração, a abolição das fronteiras;

  • Gestão capitalista dos recursos e da energia, catástrofes ambientais pendentes, alternativas viáveis e ecologia prática;

  • O ghetto anarquista: políticas militantes e elitismo; como fugir à insularidade?

  • Anti-essencialismo e crítica da relação religiosa com a natureza, como enquadramento para a nossa percepção de idade, género, raça, anti-especismo e libertação animal

Temas transversais

em direcção a um novo tipo de luta?”

  • Tácticas de acção directa confrontacional e/ ou autonomia e construção de alternativas práticas?

  • Co-existência ou divórcio com instituições, sindicatos, ONGs e a Esquerda?

  • As nossas técnicas e métodos de organização, acções e debates

  • A questão das classes, género e racismo no coração da nossa luta

  • Ligações com outros protestos dentro duma estratégia global transfronteiriça.

Já estamos à procura de vários recursos, incluindo fundos, para ajudar nas viagens/ vistos, assim como outros custos logisticos. Qualquer iniciativa, de dinheiro a repelente de mosquitos, chaves de fendas ou tofu, serás bem vinda. Os donativos podem ser feitos para “Accueil Caravane”, em:

STAMP c/o Longo Mai 04300 Limans France

Uma lista detalhada de localizações será disponibilizada em breve.

Podes contactar-nos através de stamp@poivron.org

Páginas web
http://pgaconference.org
http://stamp.poivron.org
http://www.agp.org

Para te manteres informado sobre os progressos, inscreve-te na seguinte mailing list:
http://pgaconference.org/mailman/listinfo/announce

2006-05-23


Lutas Digitais

Como já devem saber, a próxima conferência europeia da Acção Global dos Povos (AGP) decorrerá em França, neste Verão, de 19 de Agosto a 3 de Setembro. Realizar-se-á em duas partes, duma forma descentralizada: os primeiros nove dias irão acontecer em 5 locais diferentes, cada um centrando-se num tema específico; isto será seguido de dois dias de folga para viagens e descanso e, depois, por quatro dias, num só local, que será o Centro Social ocupado de Tanneries, em Dijon, casa do hacklab de impressão (1), entre outros projectos.

Um foco nas "lutas digitais" que envolve apresentações discussões e, possivelmente, worshops é o que está proposto para Dijon, durante o momento descentralizado. Eis uma primeira proposta de conteúdos. O autor (darkveggy|arroba|squat.net) gostaria de receber comentários, motivações, propostas de participação, antes de enviar o convite final. Ajuda para que as coisas aconteçam também é fundamental, uma vez que serem "organizadores" da conferência da AGP já os deixa bastante carregados de trabalho. Eis os subtemas tais como estão neste momento:

Servidores alternativos Vs Novas repressões
Como poderemos, colectivamente, fazer face às novas leis de retenção de dados na internet, de forma a evitarmos que as nossas estruturas comunicativas sejam um ponto fraco no nosso activismo? Como poderemos construir comunidade fortes de utilizadores à volta de servidores alternativos, para permitir vigilância e solidariedade em caso de haver problemas? Possíveis ataques legais, responsabilidade individual e colectiva, tácticas de resistência, etc..

Indymedia e o movimento, Mediactivismo, etc.
Há uma co-dependência entre o indymededia e os movimentos de base, anti-capitalistas e anti-autoritários de onde saiu; mas surge, à volta do Indymedia uma nova "moda" mediactivista - perigos? perspectivas? como poderemos garantir / assegurar uma interacção mais próxima entre o Indymedia e os movimentos radicais sociais, etc.?

Novas lutas digitais, Lutas de "geeks"
As patentes de software, a repressão do peer to peer, as leis de retenção de dados, estão a atacar a liberdade digital todos os dias; alguns "geeks" tentam defender o seu território e há algumas lutas novas que emergem com dificuldades - como poderemos interagir com elas ou estendê-las? Quais são as perspectivas, as tácticas, etc.? Como poderão os hacklabs e os espaços de acesso livre à internet unir as culturas "geek" e activista e, possivelmente, preencher os espaços livres?

Para mais informações sobre a conferência, por favor descarrega a apresentação em pdf (2). Neste momento está presente em francês, inglês, castelhano, alemão, italiano e húngaro (3)

Para mais informações sobre a AGP vê o documento wiki que apresentamos em (4)

Se te quiseres manter informado sobre novos desenvolvimentos da conferência, subscreve a lista de anúncios da AGP (5)

[1] http://print.squat.net/
[2] http://stamp.poivron.org/Plaquette?action=AttachFile&do=get&target=STAMP-Plaquette-LQ-EN.pdf
[3] http://stamp.poivron.org/Plaquette
[4] http://stamp.poivron.org/PlaisantationEn
[5] http://pgaconference.org/mailman/listinfo/pga-announce

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2006-05-16


O Copyriot na Imprensa

A Voz de Ermesinde
http://www.avozdeermesinde.com/noticia.asp?idEdicao=91
&id=2811&idSeccao=770&Action=noticia
http://www.avozdeermesinde.com/noticia.asp?idEdicao=91
&id=2813&idSeccao=762&Action=noticia

JornalismoPortoNet
http://jpn.icicom.up.pt/2006/04/21/nao_e_possivel_acabar
_com_os_downloads_ilegais.html


Jornal de Notícias
http://jn.sapo.pt/2006/04/19/cultura/movimento
_pede_redefinicao_copyright.html

Primeiro de Janeiro
http://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec
=c20ad4d76fe97759aa27a0c99bff6710&subsec=&id=
780984c02d0465b1166d40e30b3218ee

A Página da Educação
http://www.apagina.pt/arquivo/Artigo.asp?ID=4609
http://www.apagina.pt/EdiPDF/aPagina156Mai2006.pdf

MundoPT
http://www.mundopt.com/n-portugueses-iniciam-movimento
-de-gente-sem-patente-8907.html


Blogs
http://sixhat.blogspot.com/2006/04/gente-sem-patentes.html
http://www.caldasrainha.net/adrianoafonso/?cat=5

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2006-05-11


Workshop de Escrita Criativa

O workshop de escrita criativa, na Casaviva 167, organizado por pessoas ligadas ao GAIA e ao Loesje foi, para mim, extremamente proveitoso. De início até fiquei de pé atrás, porque se tratava mais duma acção de promoção do Loesje do que de uma oficina de escrita criativa. No entanto, com o decorrer da coisa, fui-me deixando levar e acabei a fazer coisas que nunca tinha feito, como escrever sobre a pressão de ter mais pessoas a olhar para mim e, cúmulo dos cúmulos, ler em público o que escrevi de forma tão rápida e tão pouco cuidadosa. Se por mais não fosse, por isso já tinha valido a pena. Mas do que eu gosto mesmo é de conhecer pessoas. E, naquele fim de tarde, conheci pessoas com uma capacidade incrível de expressão escrita.

Para que não se esqueça, a oficina começou com uma explicação breve do que é a Loesje (lê-se Luxa) e de como pretende passar mensagens... com cartazes de aspecto sóbrio mas apelativo pejados de frases que associem ideias, que comparem situações actuais com situações corriqueiras, que apontem contradições, que exagerem, que não apresentem soluções, antes façam pensar. "Cultura Europeia / Made in China" é uma frase deles que acho que resume o espírito da coisa.

Depois, começaram os jogos de palavras... No canto superior esquer duma folha, cada um dos presentes escrevia a primeira palavra que lhe vinha à cabeça e rodava a sua folha para a direita até que toda a gente tivesse escrito uma palavra em cada folha. Depois, no canto superior direito, escrevia-se o nome dum personagem famoso e dava-se a nossa folha à pessoa à nossa direita. Depois escrevia-se um local e voltava-se a passar a folha. Finalmente, escrevia-se um utensílio de cozinha e passava-se a folha mais uma vez. De seguida, cada pessoa olhava para as palavras do canto esquerdo que tinha a folha que lhe calhara e assinalava as duas de que mais gostasse. Passava-se a folha uma última vez. Era agora tempo de cada um de nós pegar nas duas palavras escohidas pelo vizinho da esquerda e, aproveitando também o local e o utensílio de cozinha que estavam no canto direito, explicar como é que a personagem famosa tinha salvo o mundo.

O segundo exercício era o de fazer um brainstorming de temas sobre os quais poderia ter piada escrever e escrever cada um dos temas no topo de uma página, assim a modos de título. Cada pessoa deveria escrever uma "frase publicitária" onde resumisse o que pensava sobre o assunto.

Tanto num exercício como noutro, ouvi e li coisas lindíssimas.

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2006-05-06


Copyriot - Cenas dos próximos capítulos

Das últimas conversas no Porto, tinha ficado a ideia de continuar o Copyriot. Será preciso repensar o site e tal, mas o mais importante, para já, é o que fazer a seguir. Há várias possibilidades...

Tentar transformar o Copyriot numa coisa em que toda a gente possa participar, bastando que a)informem esta lista da actividade que vão realizar; b)concordem com o manifesto; c)distribuam o manifesto e propagandeiem o site nas actividades realizadas. Estas actividades fariam parte do programa do Copyriot.

Tentar ir organizando coisas menos megalómanas do que um festival. Por exemplo, ciclos de vídeo, concertos, workshops, conversas onde se distribua sempre o manifesto, onde se propagandeie o site. Estas actividades fariam sempre parte do programa do Copyriot.
Já em Setúbal, surgiu uma ideia empolgante... a de se fazer um vídeo sobre o tema. A ideia inicial era confrontar pessoas com situações de copyright "ridículas". Pensou-se em patentear o martelo de S. João, o abecedário, as notas musicais, o bitoque e o prego em prato. Pensou-se também em conferências de imprensa (com actores) onde se fossem anunciando as patenteações. Também poderia haver uma conferência de imprensa a libertar a letra A para domínio público que acabaria com processos por violação de copyright quando os jornalistas utilizassem outras letras para fazerem perguntas. Por fim, pensou-se que era importante haver uma ideia por trás do vídeo, uma espécie de guia que permitisse, depois, fazer um guião. Para mim, essa ideia é a de que tudo o que se cria, é criado sobre tudo o que já foi criado no passado (a ideia "You're always building on the past" dos Creative Commons). Mas essa ideia também pode ser a de que as patenteações e os direitos de autor quase nunca favorecem nem os criadores nem a sociedade. E essa ideia poderá ser outra qualquer.

Ou seja, como a coisa ainda está mesmo no início, nesta questão do vídeo, o que faz falta é uma ideia guia, um guião e um brainstorming sobre possibilidades de patenteações "ridículas".

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2006-05-03


Copyriot - 29 de Abril

O vídeo "Sonic Outlaws" espantou-me positivamente. É uma pena estar sem legendas, mas é de visão "obrigatória". Começa por ser uma reportagem sobre uma banda (Negativeland) que é precessada pela editora dos U2 por violação de direitos de autor e passa por variadíssimas situações altamente inspiradoras, acabando por nos ajudar a detectar uma contradição ridícula da tal editora que, numa das tournés dos U2 permitiu que fossem "pirateadas" imagens de satélites para background dos concertos. E mais não digo para que procurem o filme e o vejam.

E foi tão inspirador que, da conversa resultante sairam ideias entusiasmantes de como continuar com a luta anti-copyright fechado. Depois do tacho, hora para os concertos de Trashbaile e Violência Violeta. Até sempre Zaragata.

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Copyriot - 28 de Abril

Para muita pena minha, no dia 28, não pude estar presente na festa da apostasia, no Terra Viva. Estava a caminho de Setúbal. Quando cheguei, ainda tive oportunidade de rever os Payasos Dopados e alguns amigos.

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Copyriot - 25 de Abril

O dia 25 teve pinta de ressaca. Muito pouca gente para ver o sempre presente Memória Subversiva e um vídeo sobre Guantanamo. Até sempre Casaviva 167.

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Copyriot - 24 de Abril

Como se tocam também filmes aparentemente tão distantes como "Linhas Paralelas" e "O que é uma borboleta?". Não só em termos técnicos e estéticos, mas, acima de tudo, em termos de conteúdo. Para mim, dois filmes sobre abandono. Que me crucifiquem os autores se assim não for. À noite, mais festa polvilhada de conversas. Informais, mas nem por isso improdutivas.

Espero que a gravação do CD dos Senhor Doutor tenha sido boa.

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Copyriot - 23 de Abril

No domingo, uma das melhores conversas sobre software livre que ouvi até hoje, com alguém a, finalmente, conseguir fazer-se entender ao falar de sistemas operativos e coisas afins. Pena que estivesse tão pouca gente. Pouco depois, um murro no estômago, com o vídeo "The Future of Food", sobre as indizíveis manobras da Monsanto para o domínio do "mercado das sementes". Um início ideal para a conversa sobre a patenteação da vida. Para domingo, nada mau.

E a coisa ainda ficou melhor com a conversa sobre fanzines, no Senhorio, onde se encontraram fanzineiros de campos tão diferentes como as artes, a política e a música. Três realidade diferentes, que, afinal, se tocam em tantas características semelhantes, das pulsões editoriais às dificuldades de distribuição.

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Copyriot - Dia 22 de Abril

Os vídeos OSU 1 e OSU 2 foram servidos para iniciar mais uma jornada do festival. Entretanto, instalou-se, na sala onde estavam as exposições de fotografia e pintura, três versões de Linux em três computadores, que ficariam, até ao último dia, à disposição de quem neles quisesse mexer, para experimentar.

A conversa sobre o Centro de Média Independente foi decentemente participada e bastante interessante para se perceber o funcionamento, as virtualidade e as dificuldades deste projecto colaborativo de média táctica que, já agora, opera sob licença Creative Commons. As conversas sobre Metareciclagem e Linux Terminal Server Project foram, também, amplamente produtivas, não só pelo que nós, leigos, aprendemos destas duas formas de possibilitar computadores "modernos" a partir de computadores "antigos", mas também pelo facto de se terem posto em contacto as pessoas que se empenham nos dois projectos que podem ser complementares.

À noite, decidi-me pela Casaviva 167 e, portanto, não sei a não ser indirectamente como correram as coisas nos Maus Hábitos e no Passos Manuel. No espaço da Praça do Marquês, o vídeo sobre a aniquilação do Cinema do Terço (ou sobre como os espaços populares tendem a ser encerrados) recomeçou mais uma noite de festa.

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Copyriot - Dia 21 de Abril

A chuva intensa decidiu estragar a festa do dia 21 na Faculdade de Belas Artes. Se bem que não tenha sido desculpa para a fraca adesão à conversa sobre música e copyright e ao workshop sobre partilha de ficheiros, serve perfeitamente para justificar o fraco interesse da estudantada, senão pelo festival e pelos concertos de Trashbaile e Cabaret Fortuna, pelo menos pela churrascada. À noite, na Casaviva 167, as pessoas já pareciam ser mais e os DJs de serviço transportaram-nos, quase sem notarmos, até horas mais próprias de pequeno almoço.

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2006-05-02


Copyriot - 20 de Abril

Estive em várias das actividades do Copyriot – Gente sem Patente, tanto no Porto como em Setúbal. Infelizmente, não me foi possível acompanhar as actividades de Corroios, nem conseguirei dar um pulo a Alcaria. Mesmo nos locais onde assisti a muito do que aconteceu não consegui presenciar tudo.

Mas vamos por partes. O Festival começou ainda em Março, mais precisamente no dia 18, no Espaço Musas, no Porto, com o Fórum Libertália 23. Nesse dia, o mote foi dado... apesar de ninguém poder acusar as actividades de serem desinteressantes, apareceu pouca gente. Esse terá sido, aliás, o grande pecado deste primeiro Festival Copyriot. Nos últimos tempos, ficar em casa ou ir ao centro comercial parecem ter substituído toda a espécie de tertúlias e conversas, e receber informação pré-formatada há muito que se sobrepôs ao discutir para concluir. Para além disso, houve pouco esforço de propaganda que não fosse direccionada para os média, as comunidades que se relacionam via internet e os amigos. As próximas tentativas terão este falhanço em atenção.

No dia 20, quando cheguei ao espaço Senhorio, cerca das 21h30, ainda havia limpezas e alguns trabalhos ainda estavam por colocar na parede. Às 22h00, no entanto, tudo estava pronto para que os primeiros visitantes pudessem disfrutar dos esboços que dariam corpo aos fanzines, lançados nessa noite, “Não me contes o fim, eles morrem todos” e “Álbum de Família”. O ambiente estava aquecido pelo DJ Scotch (residente) e pelas cervejas que se vendiam na cozinha, de onde se podia subir para apreciar um trabalho (quanto a mim) fantástico do João Marrucho.

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