2007-11-28


COSA, 1 de Dezembro

Contra o tédio em que insistem transformar as nossas vidas, no dia-a-dia a toque de caixa e na pasmaceira dos tempos livres o pessoal insiste em criar cultura e ser diferente.

Desta vez com música que não acaba e com um dancefloor diferente...Aparece e divulga.

DIY - os mesmos principios, outra perspectiva!

Vemo-nos lá!

Pullovers de decote em bico (V-neck), vestidos, parkas, blazers e canadianas benvindos, mas não essenciais.

Casa Okupada de Setúbal Autogestionada
Rua Latino Coelho, nº2
Bairro salgado
Setúbal

2007-11-19

Reunião de preparação para Abril 2008, no Les Tanneries

A menos de uma semana do encontro de coordenação das acções de Abril de 2008, é tempo de actualizar informações, com detalhes organizacionais e um programa provisório.

* * *

Em primeiro lugar, temos a felicidade de dizer que o projecto gerou muito interesse, uma vez que estamos à espera que cerca de uma centena de pessoas de várias partes da Europa apareçam e se juntem ao processo de preparação. Devido ao número de pessoas que vêm, não poderemos fornecer um alojamento cinco estrelas para todos. Tem em atenção que está muito frio em Dijon (a temperatura desce abaixo de 0 durante a noite). Portanto, traz roupas quentes e sacos de dormir.

Uma vez que vamos ter pouco tempo para discutir muitas coisas, tenta chegar na sexta à noite. Se quiseres ficar por cá mais uns dias para além dos dias do encontro, por favor contacta-nos o mais brevemente possível, uma vez que vai ser complicado: vamos receber outro grande encontro duma rede anti-autoritária francesa chamada “Sans-Titre” durante a mesma semana e o movimento que está a crescer nas universidades francesas e á volta delas levará, provavelmente, o resto da nossa energia.

Traz também posters, flyers, vídeos e material diverso das tuas lutas e iniciativas locais para partilhar e distribuir. Era particularmente simpático reunir vídeos sobre ocupações para mostrar no Sábado à noite e, depois, para serem acrescentado ao http://video.squat.net/ (um arquivo online de vídeos sobre locais ocupados).

* * *

Em baixo, está a agenda provisória que pensamos para o encontro. Sendo o tempo tão pouco, decidimos arranjar um espécie de horário, de forma a entrarmos na parte dos conteúdos o mais rapidamente possível. Apesar do objectivo inicial ser o de ter um encontro prático de coordenação, reconhecemos que algumas pessoas poderão ter expectativas diferentes. Se este for o caso, toda a gente se deve sentir à vontade em ter conversas paralelas.

Sábado, dia 24, de manhã
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· Introdução do contexto local:
o movimento social actual,
o espaço autónomo "Les Tanneries",
o encontro da "Sans-Titre",
etc.

· Ronda de apresentação, em assembleia:
apresentações dos colectivos e dos individuais,
introdução breve sobre a situação do seu local e do seu espaço
possivelmente, anúncio de eventos e acções.


Sábado, dia 24, de tarde
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· Organização da iniciativa april2008, em grupos de trabalho:

Primeiro grupo de trabalho possível:
- Ferramentas informativas: posters, video clips, flyers, autocolantes, etc;
- Criação de uma agenda de acções públicas para Abril de 2008;
- website, lista de discussão, morada pública e secretariado;

Segundo grupo de trabalho possível:
- Criação de um jornal, antes de Abril de 2008 para mobilizar e espalhar informação;

Terceiro grupo de trabalho possível:
- Coordenação e publicação de relatos das várias acções
- Ligações com colectivos da Indymedia e outros média alternativos
- Criação de um jornal, para depois de Abril de 2008, com os relatórios das acções

Quarto grupo de trabalho possível:
- acções de solidariedade e campanhas comuns antes e depois de Abril de 2008;
- Pensar sobre um possível segundo encontro europeu inter-okupas (com mais tempo para discussão profunda e debates estratégicos), depois de Abril de 2008;

· Organização da inciativa april2008, em assembleia:

- Informação das decisões dos vários grupos de trabalho;
- Há interesse em que os vários espaços autónomos assinem o apelo?
- Deveremos alterar a data de Abril de 2008, de forma a que não aconteça ao mesmo tempo que as mobilizações contra a cimeira da NATO na Roménia?


Sábado, dia 24, à noite
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· Squat movie night: Traz os teus filmes!

· Espaço Aberto: queres organizar um workshop, uma discussão, ...?


Domingo, dia 25, de manhã
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· Continuação da Organização da inciativa april2008: continuação e conclusão do processo iniciado no dia anterior


Domingo, dia 25, de tarde
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· Debates estratégicos, em grupos pequenos: incluindo questões apontadas no Apelo e outras levantadas pelos participantes.

Eis uma primeira lista, tirada do Apelo, para ser alterada e alargada:
- estratégias comuns quando confrontados com repressão estatal ou despejo;
- espaços autónomos: o que são eles? Que papel têm na mudança social radical? Alternativo ou confrontacional?
- que partilha de actividades fazemos neste momento e como? Questionamento da produção de bens e serviços; trocas entre cidades e o campo;
- partilha de experiências e inspiração: vida colectiva, actividades, economias, etc.;
- como conseguir espaço por toda a Europa: ocupações ilegais, auto-construção, roulottes, aquisição de terra, contratos, etc.;;
- recursos práticos, solidariedade entre diferentes tipos de caminhar: político ounão, urbano ou não, ocupado ou não, etc.;;

Era simpático que se fosse acrescentando coisas a lista!

· Debates estratégicos, em assembleia:
relatórios dos pequenos grupos,
mais discussões.


Domingo, dia 25, à noite
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· Squat the world party: burning the dance-floor!


Segunda-feira, dia 26
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· Limpezas, diversão, despedidas, conversas e assim...

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Nota: se não podes vir ao encontro e queres contribuir, envia-nos todo o material que quiseres

april2008 crew
april2008@squat.net
http://april2008.squat.net/

2007-11-14

Mudar de Vida

Sábado dia 24 pelas 17.00 no Club Aljustrelense

org. CCA Gonçalves Correia

Partindo da apresentação do livro “Ardinas da Mentira” e do Jornal Popular “Mudar de Vida”, um convite à conversa com o seu autor, o jornalista Renato Teixeira, o colectivo Mudar de Vida, o colectivo do Indymedia pt., e o da revista Alambique de Aljustrel…

Um convite à reflexão e ao debate sobre o carácter propagandista da imprensa dominante, e um convite à criação de jornais e outros meios de informação alternativa.

«(…)O objectivo é então, a par de lançar o debate sobre a superestrutura dos meios de comunicação, da sua promiscuidade com o poder e desse modo com a mentira, lançar a discussão sobre as possibilidades da resistência neste particular, e partir para a rua com a experimentação dos frutos desse debate

(…) Os jornalistas devem colocar a si próprios a primeira questão: que fazer?

Ficar acoplado à ideia de que é possível disputar a luta pela verdade no mesmo tabuleiro dos donos da notícia, e estar, desse modo, disposto a ser ardina da mentira, ou antes partir, de armas e bagagens, para a trincheira onde estão os dispostos a combater o apagamento organizado da memória colectiva?

(…) Porque a liberdade não está ao alcance de quem a entende mas de quem a detém, tal qual dizia uma das frases inscrita nas paredes da República Prá-kys-tão: “liberdade é a palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique, nem ninguém que não entenda”.»

de “Ardinas da Mentira” de Renato Teixeira, edições Dinossauro, 2007

Segue-se janta vegetariana e pela noite adentro…

Drum’n’Bass e Hard Stepping DUB directamente pela BADMOOD Crew com NSEKT e DUB_BUD

2007-11-12

CONVITE

Para contrariarmos a esperteza da raposa no galinheiro e não ficarmos cada um a seu canto a esgravatar terra

Às vezes acorda-se sorridente, bem disposto, radioso. Noutras manhãs, tudo é cinzento, triste, irritante. A malta da CasaViva também experimenta estes dois acordares e toda a variedade de outros amanheceres que estão entre um extremo e o outro. Mas incomodamo-nos sempre. Todos os dias.

Sempre que paramos este permanente bulir que nos ensinaram que é o verdadeiro viver. Nesses momentos, ficamos frequentemente cabreados. Existiriam, decerto, formas mais eruditas de colocar a questão, mas o que está dito dito está e pareceu-nos mais simples fazer este acrescento do que procurar um sinónimo para uma palavra cuja abrangência de conteúdo só é permitida por ter a sua origem na sabedoria popular.

Chateia-nos viver num planeta com tanto para partilhar e que apenas é explorado em proveito da espécie dominante, tornando a usurpação e o abuso nos conceitos por onde se começa a definição de ser humano.

Aborrece-nos que nos tomem por parvos quando nos tiram direitos e nos dizem que é para nosso bem, como se os direitos que nos tiram se evaporassem e não fossem, como dizia Lavoisier, apenas transformados em direitos de outros.

Apoquenta-nos que nos controlem, nos vigiem, nos fichem, nos transformem em conteúdos de bases de dados, nos gravem, nos chantageiem, nos cortem o direito a contestar, nos façam a todos bufos e polícias.

Indigna-nos que tudo seja mercadoria. Negociável, transaccionável, passível de ser transformado em lucro.

Não pode ser.

O capitalismo, já todos o sabemos, é apenas esta liberdade da raposa no galinheiro. Também não é segredo que a força do predador aumenta na proporção directa da desunião entre as presas. No entanto, mesmo possuindo o diagnóstico, nunca tratamos da maleita. E a responsabilidade de tentar a aproximação entre todos os que acreditam numa mudança organizacional radical é nossa, dos suficientemente vivos para darem umas bicadas na besta, de forma a que, de dispersas e curáveis, se tornem mais eficazes, provoquem gangrenas e acelerem a morte do carcereiro. De outro modo, continuaremos cada um no seu canto, a esgravatar terra como quem se deixa paralisar pelo medo, e a sair esporadicamente, aplicar uma bicada e recolher.

Já houve várias tentativas de união de esforços. Redundaram quase sempre em grandes exercícios de retórica sobre a maior validade da minha forma de luta em relação à tua. Na melhor das hipóteses, acabaram numa lista electrónica de discussão também electrónica que se foi silenciando com o tempo.

Mas a desistência não pode fazer parte do vocabulário de nenhum de nós. Se a coisa não tem funcionado, talvez seja hora de procurar métodos diferentes para a fazer progredir. E, a nós, parece-nos que não é na conversa formal que a união verdadeira cresce. É nas acções que nos sentimos mais próximos. É em ambientes mais descontraídos que nos sentimos mais preparados para falar uns com os outros. É na rua e na festa que se criam laços e se constroem afinidades, onde se forjam verdadeiras redes de interesses e participação.

Queremos, portanto, convidar-vos para que apareçam na sexta-feira, dia 14 de Dezembro, e que só saiam daqui na segunda, dia 17. Para esses dias, pensamos num programa de festas (1) que será próximo do seguinte:

Sexta, 14 de Dezembro
19h00 – 22h00 – Concertos / Festa
22h30 – Jantar
23h00 – Apresentação dos colectivos presentes (2)
Conversas

Sábado, 15 de Dezembro
09h00 – Pequeno-almoço, onde se combinarão as acções do dia
10h00 - ... - Acções (3)
19h00 - 20h00 – Concertos / Festa
20h30 – Jantar + Balanço do dia

Domingo, 16 de Dezembro
10h00 – Pequeno-almoço, onde se combinarão as acções do dia
11h00 - ... - Acções (3)
19h00 – Assembleia final e marcação de próxima jornada (4)


(1) O programa está longe de estar finalizado. As horas são meramente indicativas.

(2) Para não ser maçador, achamos que o melhor que há a fazer é cada colectivo apresentar-se, caso o queira, em formato imagem. Se assim for, é importante que nos façam chegar essa apresentação pelo menos uma semana antes do evento (até 9 de Dezembro). A ideia é, depois, discutirmos ao sabor do que a visualização das imagens nos fizer passar pela cabeça.

(3) A ideia são acções que impliquem pouca gente e pouca preparação no momento. Dessa forma, será possível apresentá-las ao pequeno-almoço e sair para a rua para as colocar em prática uma hora depois. Nós teremos meia dúzia de acções pensadas. Mas o ideal seria aparecerem mais, desde que tenham condições para se realizarem. Queremos dizer que não vale a pena, por exemplo, propor uma marcha com pancartas em punho se não se tiverem já as pancartas feitas. Cada pessoa ou colectivo apresentará uma ideia e dirá quantas pessoas são necessárias. Depois, cada um se juntará ao grupo que quiser, se houver gente e ideias suficientes. Se não houver, o mesmo grupo poderá tratar de mais do que uma acção.

(4) Era importante que toda a gente pudesse ficar até domingo à noite, porque a assembleia final, onde se poderão discutir formas de nos tornarmos mais presentes nas coisas que cada um dos outros organiza, e a marcação de uma próxima jornada de acções são coisas que precisam de toda a gente.

Nota final – Nestes dias era importante que a CasaViva fosse autogerida por todos os participantes. Portanto, que ninguém estranhe que se retire uns minutos de cada dia para organizar as várias coisas de que a Casa precise (quem cozinhe, quem limpe, quem lave, quem ...)

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2007-11-08

Conferência de Paulo Guimarães


Vimos por este meio anunciar a realização da conferência de Paulo Guimarães “República, Liberdade e Fraternidade: o Local (Aljustrel) como espaço de análise de um conflito (1910-1033)” no próximo Sábado – dia 10 de Novembro – pelas 17.00 no Club Aljustrelense em Aljustrel.

Paulo Eduardo Guimarães (Universidade de Évora) tem se debruçado particularmente sobre a história social de Aljustrel – do que destacaríamos a obra “ Indústria e Conflito no Meio Rural: os Mineiros Alentejanos (1858-1938), Lisboa, Ed. Colibri/CIHCSVE, 2001”.

A conversa é organizada pelo Centro de Cultura Anarquista Gonçalves Correia, projecto libertário que edita igualmente a revista Alambique.
O Irão na mira dos falcões
4 de Novembro de 2007
Pedro de Pezarat Correia

Desde 2003, quando os EUA se lançaram na desastrosa guerra de agressão no Iraque, a invasão do Irão está na ordem do dia. No início da guerra responsáveis de Washington afirmavam que se tratava de uma primeira fase, a que se seguiria a Síria e o Irão. Inscrevia-se numa estratégia regional de reajustamento do mosaico político do Médio Oriente, favorável a Israel, eliminando regimes que lhe são mais hostis e conferindo-lhe liberdade de acção para inviabilizar um Estado Palestiniano soberano nas fronteiras estabelecidas pelo plano de partilha da ONU.

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