2007-08-27


Porto Sujo: CMP reconhece culpa

Há uma semana, quando confrontada com a vergonhosa acumulação de lixo nas ruas da baixa portuense - que afastava turistas e indígenas - a CMP, na voz da presidente substituta, Matilde Alves, afirmava que a culpa era dos trabalhadores. No afã de ser igualzinha à personagem que substituía, Matilde Alves não quis sequer inquirir internamente sobre o que se passava e, como viu aqui mais uma oportunidade para abrir portas à privatização a recolha de lixo, apressou-se a passar a culpa para cima dos cantoneiros.

Lembremo-nos, nestes tempos tão dados ao esquecimento rápido, que estes são os mesmo trabalhadores que a CMP tinha já tratado desumanamente, em Dezembro de 2005, e que foram, posteriormente traídos pelo executivo PS.

No fim do dia de trabalho de sexta-feira passada, um dos trabalhadores informava os média que a rua de Sta. Catarina estava "limpinha", o que, no dizer de Catarina Sousa e Cláudia Silva, jornalistas do Público, era verdade. O problema estaria, como sempre esteve, na falta de civismo de alguns comerciantes e moradores, que depositavam o lixo na rua depois da passagem dos cantoneiros, numa deficiente distribuição dos contentores nas zonas comerciais e na decisão economicista da CMP de reduzir os serviços ao sábado e de os eliminar ao Domingo.

O Querido Líder pode tirar férias, mas deixa, de facto, substitutos à altura.

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